domingo, 5 de junho de 2011

Relembrando a Gincana!!

Links das Minhas Atividades da Gincana de Genética! (YES, CONSEGUI!!)


OBS: a última atividade foi postada no dia 3 de junho (sexta-feira), às 13:30h.

1)Entrevista
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-1.html

2)Experiência na APAE
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/05/gincana-de-genetica-tarefa-2.html

3) Ler e fazer fichamento de 10 artigos
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-3_1037.html
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-3_201.html
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-3_03.html
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-3_7630.html
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-3_463.html
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-3_9697.html
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-3_4669.html
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-3_2028.html
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-3_02.html
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-3.html

4) Escrever um artigo
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5) Peparar um painel em junho divulgando o meu BLOG
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/05/gincana-de-genetica-tarefa-5.html

6)Legendar um vídeo do Youtube
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gncana-de-genetica-tarefa-6.html

7) Montar uma molécula de DNA
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-7.html

8) Fazer um marca páginas
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/05/gincana-de-genetica-marca-paginas.html

9) Divulgar o trabalho dos colegas (mínimo 10)
Beatriz Gurgel ~> http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-9_3585.html
Fernanda Coutinho ~> http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-9_02.html
João Ricardo ~> http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-9_7625.html
José Alencar ~> http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-9_01.html
Lívia Karynne ~> http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-9.html
Nayara Alves ~> http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-2.html
Ismael Luna ~> http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/05/gincana-de-genetica-tarefa-9_3.html
Gabriela Correia ~> http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/05/gincana-de-genetica-tarefa-9_5139.html
Natália Vieira ~> http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/05/gincana-de-genetica-tarefa-9_7764.html
Geraldo Filho ~> http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/05/gincana-de-genetica-tarefa-9_6298.html
Lara Milena ~> http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/05/gincana-de-genetica-tarefa-9_30.html
Ronis Oliveira ~> http://ronisoliveira.blogspot.com/2011/06/video-legendado-gincana-de-genetica.html
Jeanne Matos ~> http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/05/gincana-de-genetica-tarefa-9.html


10) Colegas que divulgaram meu vídeo
http://romeniaodontologia.blogspot.com/2011/06/gincana-de-genetica-tarefa-10.html

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Gincana de Genética - Tarefa 1

Entrevista com a Prof. de Genética Bereneuza Brasileiro





1- Quais as razões que a levaram a escolher essa área?
A escolha desta área foi direcionada fortemente por motivações relacionadas ao encantamento e aptidão. 
Durante o ensino médio e graduação no curso de Ciências Biológicas, gostei de muitas disciplinas, especialmente genética. Até quando eu conheci a genética molecular durante a minha pós-graduação e decidi que era com isso que eu queria trabalhar. Tive professores muito bons, que me estimularam e me mostraram que esse poderia ser um caminho interessante. Fiz Especialização em Micologia (644 horas/aula) pela Universidade Federal de Pernambuco (1997), fui a primeira aluna aprovada para passagem direta do mestrado para doutorado no Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos pela Universidade Federal de Pernambuco (2000) e em 2003, fui doutora em Biologia de Fungos. Atualmente, sou professora de Genética Básica, Genética Humana e Genética Evolutiva do Centro de Ciências Biológicas e Saúde da Universidade Católica de Pernambuco e sócia/diretora da Genetech - Pesquisa, Desenvolvimento e Consultoria em Biotecnologia. Esta empresa está instalada na Incubadora Tecnológica Positiva da UFPE, é inovadora na microbiologia e biotecnologia industrial que tem como meta inserir novas tecnologias biológicas como ferramentas de controle e incremento de produção. Neste contexto, a empresa se propõe a aplicar novas técnicas que utilizam análise de DNA no controle microbiológico de processos fermentativos industriais, agregando-se a isto análises fisiológicas convencionais da capacidade fermentativa da biomassa. A GENETECH também atua no desenvolvimento de projetos científicos e tecnológicos em conjunto com o setor produtivo, que incluiriam desde análises de matérias-primas e produtos até o desenvolvimento de organismos geneticamente modificados. Tenho experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Microbiologia Industrial e de Fermentação, atuando principalmente nos seguintes temas: tipagem genética de leveduras, caracterização genética por DNA através de marcadores genéticos, identificação molecular, fermentação alcoólica e seleção de leveduras de interesse biotecnológico. Na minha família já havia um pesquisador, meu avô, médico, porém mais ligado à área da medicina e de doenças tropicais. Para mim a área científica tem um apelo muito forte, porque cada dia é diferente do outro, você está sendo sempre desafiado por questões que somente intelectualmente é possível responder. A partir daí, já muito tranqüila, que eu queria fazer na minha vida profissional, voltei para uma área que sempre me encantou que é a genética, a microbiologia e a docência.
2- Qual a importância dessa área na atualidade?
A genética tem permitido um aprofundamento sem precedentes quanto ao entendimento dos processos que ocorrem nos seres vivos. Graças a ela tem sido possível compreender as causas de diversas doenças de seres humanos, plantas e outros animais. Da mesma forma, a genética permite identificar genes que estão associados a características benéficas, como maior produtividade ou resistência a patógenos em plantas e animais. Por outro lado, os estudos de evolução permitem um maior conhecimento da história das espécies. O conhecimento acerca do código genético é uma das prioridades na maioria dos países, conseqüência não só do imenso potencial como também dos resultados obtidos até agora.
A nível da saúde, a produção de substâncias a partir de DNA recombinante implantado em organismos hospedeiros permite a não utilização dessas mesmas substâncias de origem animal. O diagnóstico genético é também uma técnica bastante importante, uma vez que possibilita a detecção de doenças genéticas antes de estas se manifestarem, permitindo assim o seu eventual tratamento e organização da vida do doente. Além do diagnóstico intra-útero das aberrações cromossômicas, por meio da análise de exames do líquido amniótico e vilosidades coriônicas;
Na área da indústria alimentar, a produção de organismos geneticamente modificados possibilitando uma produção em maior escala e de forma mais rentável a nível econômico e permitindo ainda a produção de alimentos com características selecionadas.
A nível ambiental, a engenharia genética permite a alteração de alguns compostos, como o plástico, de forma a diminuir o seu impacto ambiental. Tornou-se também possível a produção de bactérias geneticamente modificadas que degradam as principais substâncias poluentes da atmosfera, contribuindo assim de forma direta para uma diminuição da poluição da mesma.

3- O que faz um profissional dessa área?
O profissional dessa área pode atuar em diversas subáreas como, Genética Animal, Genética do Desenvolvimento, Genética Forense, Genética Humana, Aconselhamento Genético, Genética do Melhoramento, Genética de Micro-organismos, Genética Molecular, Genética de Populações, Genética Quantitativa, Genética Vegetal, Citogenética, Engenharia Genética, Evolução, Imunogenética, Mutagênese, Radiogenética, Conservação da Biodiversidade. 
Essencialmente, além do profissional entender a natureza do gene, ele pode utilizar as metodologias de biologia molecular e engenharia genética para conhecimentos sobre o funcionamento dos organismos, bem como, formas de manipulá-los. 
Poderá ainda produzir vacinas, plantas transgênicas com características agronômicas relevantes ou que produzam medicamentos e também identificar genes através de projetos genoma.

4- Atualmente possui alguma pesquisa em andamento?
Existem alguns projetos em evidência, tais como: 
- ENGENHARIA METABÓLICA DE LEVEDURAS INDUSTRIAIS APLICADA À PRODUÇÃO DE ETANOL - Explora três vertentes para a introdução da tecnologia do DNA recombinante na indústria alcooleira brasileira, mediante a modificação genética de leveduras industriais: (i) a alteração do metabolismo redox de Saccharomyces cerevisiae com vistas ao aumento do rendimento em etanol, (ii) a introdução em Saccharomyces cerevisiae de uma rota metabólica para a assimilação e fermentação de ácido D-galacturônico e (iii) a introdução de marcas genéticas permitindo o fácil reconhecimento fenotípico das linhagens modificadas. As modificações pretendidas foram desenhadas levando em conta as características do processo de fermentação alcoólica tal como pra-ticado nas unidades industriais brasileiras, de modo a gerar resultados passíveis de transferência ao setor produtivo. Paralelamente, o projeto procura sedimentar e ampliar o domínio de novas técnicas de biologia molecular e de análise de fluxos metabólicos, requeridas para o estabelecimento de uma firme competência em engenharia metabólica de leveduras na UFPE.
- GENÔMICA FUNCIONAL DA LEVEDURA DEKKERA BRUXELLENSIS - Visa avaliar a constituição genética de isolados industriais da levedura Dekkera bruxellensis e associá-los às características fisiológicas e bioquímicas que conferem adaptabilidade desta levedura aos processos fermentativos industriais. 
- ANÁLISE DA DINÂMICA DA MICROBIOTA LEVEDURIFORME PRESENTE NO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA INDUSTRIAL - Este trabalho tem como objetivo verificar a utilidade de técnicas simples de tipagem molecular baseadas em PCR para a quantificação e identificação dos contaminantes, assim como a elaboração de um banco de dados de contaminantes do processo de fermentação alcoólica baseado nos seus perfis (GTG)5. No processo industrial de fermentação alcoólica, é freqüente a substituição da linhagem selecionada de Saccharomyces cerevisiae utilizada como inóculo por linhagens nativas e/ou por leveduras contaminantes. Estas podem trazer sérios prejuízos às indústrias por causarem redução na produção de álcool. A detecção, quantificação e identificação de tais leveduras constituem importantes passos para o adequado controle microbiológico do processo. A associação dos dados moleculares com os dados industriais a serem coletados e organizados em planilhas poderá servir para se inferir de forma estatisticamente significativa os fatores físico-químicos que estão relacionados com a dinâmica populacional, tanto de linhagens de S. cerevisiae como de leveduras contaminantes.


5- O que você recomenda para uma pessoa que pensa em seguir essa área?

Não é preciso esperar a universidade para ingressar nesse caminho, pode ser antes, ainda no ensino médio, conhecendo o trabalho de laboratórios, lendo sobre temas que possam a vir lhe interessar. A maioria das pessoas, contudo, começa mesmo na universidade. Assistir as aulas é muito bom, importante, mas o aluno não pode achar que vai fazer um curso de ciências biológicas, por exemplo, sem passar por um laboratório e/ou uma iniciação científica. Para esse jovem ter uma formação completa, ao colocar o pé na faculdade, deve procurar conhecer os laboratórios disponíveis, mesmo que não saiba ainda com o que se quer trabalhar, é preciso conhecer primeiro, para se encontrar. Estimular a curiosidade no jovem é a principal característica de um bom cientista. Ele precisa se sentir desafiado e motivado a encontrar respostas.

Gincana de Genética - Tarefa 3

Fichamento 8


LEITE.R.M.S;A.A.C.L;I.M.C.C. Dermatite atópica: uma doença cutânea ou uma doença sistêmica? A procura de respostas na história da dermatologia. Atopic dermatitis: a cutaneous or systemic disease? The search for answers in the history of Dermatology


Dermatite atópica ou eczema atópico são termos que designam as manifestações inflamatórias cutâneas associadas à atopia. Segundo uma visão atual, a atopia seria predisposição hereditária do sistema imune a privilegiar reações de hipersensibilidade mediada por IgE, em resposta a antígenos comuns na alimentação, no ambiente intra e extradomiciliar, conceito esse situando a dermatite atópica como uma das manifestações das doenças da tríade atópica (dermatite atópica, asma, rinite alérgica).
Em outra forma de conceituação, a dermatite atópica seria definida como doença inflamatória cutânea crônica, de caráter genético, caracterizada pela presença de episódios recorrentes de eczema associado a prurido, muita vezes intenso, apresentando como substrato alterações imunológicas cutâneas que produzem inflamação, podendo estar eventualmente associada a doenças respiratórias, como a asma e a rinite alérgica.
O primeiro aspecto histórico em relação à dermatite atópica refere–se à definição do termo "atopia", cuja primeira utilização na literatura científica se deve a Wise e Sulzberger, em artigo publicado em 1933. Discutem–se diversas alterações cutâneas descritas na época como subtipos do grupo das "neurodermites", com suas variáveis de nomenclatura, como neurodermite generalizada, prurido generalizado com liqüenificação e muitos outros. Segundo esses autores, a melhor denominação dessas entidades dermatológicas seria a de "dermatite atópica" — "This is probably best called atopic dermatitis".
Nos textos de Hipócrates, datados do período entre os séculos IV e V antes de Cristo, o prurido, um dos sinais diagnósticos mais importantes da dermatite atópica, já é citado. No Livro V das "Epidemias de Hipócrates" observa–se a descrição de um paciente acometido por uma doença cutânea, passível do diagnóstico de dermatite atópica: "Em Atenas, um homem era acometido por um prurido que afetava todo o seu corpo (...). A afecção tinha bastante intensidade, e a pele era engrossada por todo o corpo (...). Ele se mantinha na Ilha de Melos, onde os banhos quentes lhe melhoravam o prurido e o espessamento da pele (...)".
O texto demonstra como características da dermatite atópica, além do prurido, o espessamento geral da pele e o alívio do prurido com banhos quentes. E cita, dentro dos conceitos hipocráticos, que a cura da doença cutânea poderia levar o paciente à morte.
Só no século XVI podemos falar a respeito de especialização em doenças cutâneas, o que no futuro viria a ser denominado "dermatologia". O primeiro livro consagrado ao estudo das doenças cutâneas: De morbis cutanei et omnibus humani corporis excrementis, publicado em Veneza em 1572, é a transcrição das lições orais do sábio Girolamo Mercurialis.7 Mercurialis expõe seus conhecimentos sobre os conceitos da medicina da época, cita constantemente os autores antigos, com permanente vinculação a Hipócrates, Aristóteles e Galeno, sendo o autor fiel à então consagrada "teoria dos humores". Contudo, Mercurialis foi um inovador, por ter individualizado as doenças cutâneas, pela primeira vez, em um tratado médico. Ele as distingue em doenças da cabeça e doenças do corpo, e as subdivide em doenças por modificação da cor da pele e doenças por modificação do relevo da pele. No Capítulo nove de seu livro, o autor descreve o que denomina "achore et favus". O termo "achore" aproximar– se–ia a uma lesão supurante do couro cabeludo. Ele afirma que as crianças são particularmente sensíveis ao "achore".
Observa–se então que, na história da dermatologia, as condutas em relação a fatores externos à pele no tratamento da dermatite atópica são bastante citadas, principalmente aquela relativa à dieta do paciente, e se diversificam entre a manutenção do aleitamento materno, a suspensão do aleitamento materno e a sua substituição por outros leites e alimentos, além de diversas restrições alimentares para as nutrizes e para as crianças com a doença. Da mesma forma, alguns autores com enfoque na terapêutica cutânea da doença nem sequer acreditam em qualquer relação dos fatores externos com a dermatite atópica. Tais dúvidas têm origem na evolução do conhecimento científico, semelhante, ainda que com particularidades, entre as diversas escolas em que a dermatologia foi concebida como ciência. As descobertas e observações de diversos pensadores, em um momento passado, dividiram o conhecimento da dermatite atópica em duas linhas de pensamento: uma primeira consubstanciada na reação do indivíduo a um ambiente hostil, repleto de agentes externos e com foco nas diferentes formas de o corpo humano interagir com esse ambiente, em conjunto com a asma e a rinite alérgica; e uma segunda linha de pensamento na qual os fenômenos macro e microscópicos da estrutura cutânea são a base para a doença, com menor importância para fatores externos, da mesma forma que os outros tipos de eczema. No início do século XXI, todas essas dúvidas alimentadas por tantos estudiosos ainda persistem, notadamente porque a dermatite atópica é doença complexa e multifatorial. Curiosamente, os conceitos sobre a dermatite atópica ainda permanecem bastante mutáveis. Descrições recentes questionam a existência de duas formas de dermatite atópica: uma extrínseca ou alérgica, associada a doenças respiratórias e susceptível a fatores ambientais, como a dieta; e outra denominada intrínseca (ou não alérgica), sem associação com as doenças atópicas respiratórias e não relacionada a fatores ambientais, como a alimentação.43 Essa subdivisão da dermatite atópica, baseada em critérios científicos clínicos e imunológicos rígidos, parece ser enfim um caminho de consenso para as dúvidas milenares a respeito da dermatite atópica.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Gincana de Genética - Tarefa 9

Divulgando o Vídeo de Beatriz Gurgel

http://beatrizodonto.blogspot.com/2011/06/meu-video-tarefa-06.html

Gincana de Genética - Tarefa 3



WUO,A.S.A construção social da Síndrome de Down.Cad. psicopedag. v.6 n.11 São Paulo  2007

O surgimento da medicina moderna dá-se a partir das últimas décadas do século XVIII, na Europa, quando o pensamento científico começa a se desvencilhar do pensamento religioso (Foucault, 1997).
Como meio de se adaptar ao novo contexto, as causas e explicações das doenças (e das deficiências) serão agora dadas segundo fatos empíricos, distanciando-se, dessa forma, das concepções religiosas e subjetivas de eras anteriores.
Por essa época, uma das primeiras definições e causas da deficiência mental poderá ser encontrada na terceira edição da Enciclopédia (1779) de Diderot e D'Alembert, no verbete Crétin, em que se atribui à localização geográfica e questões climáticas as causas do “cretinismo” :
“ (...) dá-se esse nome a uma espécie de homens que nascem no Valais em grandíssima quantidade, e sobretudo em Sion, sua capital. Eles são surdos, mudos, imbecis, quase insensíveis aos golpes e têm bócios pendentes, até a cintura, muito boas pessoas, aliás; elas são incapazes de idéias e não têm senão um tipo de atração muito violenta por suas necessidades. Abandonam-se aos prazeres sensuais de toda espécie e sua imbecilidade lhes impede de ver nisso qualquer crime. É difícil explicar a causa e o efeito da cretinice. A sujeira, a educação, o calor excessivo dos vales,as águas, os próprios bócios, são comuns a todas as crianças dessas populações. Contudo nem todos eles nascem cretinos ... “ (Diderot e D'Alembert apud Pessotti, 1984, p.69).
A "doença" caracterizada por Langdom Down, foi nomeada, em sua homenagem, "Síndrome de Down".
No século XIX, o conceito de raça em seu sentido biológico, utilizado para classificar as diversas espécies, tomou um sentido social como forma de explicar, justificar e legitimar, com base na medicina, a desigualdade entre os homens.Conceitos, modelos e idéias são re-elaborados, tomando novos sentidos - "velhos nomes com novos significados" (Shwarcz, 1993, p. 242). A autora comenta:
“A noção de "perfectibilidade", por exemplo, do modelo do século XVIII só conservou o nome, tendo sido destituída de seu conteúdo original. Não se falava mais da concepção humanista de Rousseau, que entendia tal conceito como característica intrínseca a todo e qualquer homem, que carregava consigo a possibilidade de superar-se sempre. Na leitura do século XIX, e em especial no Brasil, a perfectibilidade seria um atributo de poucos, um sinal da superioridade de alguns grupos em detrimento de outros ...”
Segundo Brunoni (2003), a SD é uma cromossopatia, ou seja, uma síndrome4 "cujo quadro clínico global deve ser explicado por um desequilíbrio na constituição cromossômica", no caso, a presença de um cromossomo extra no par 21, caracterizando a trissomia do 21.
Há três tipos de trissomia do 21(SD): A trissomia simples, resultado da não-disjunção cromossômica do par 21 que ocorre no momento de divisão celular5 , representando 95% dos casos; o mosaicismo (2% dos casos), que compromete apenas parte das células, ou seja, algumas células possuem 46 cromossomos e outras, 47; e a translocação, também pouco expressiva, ocorrendo em cerca de 2% dos casos, em que o cromossomo extra do par 21 fica "grudado" em outro cromossomo e, embora o indivíduo tenha 46 cromossomos, ele é portador da Síndrome de Down.
As discussões a respeito das definições propostas pela ICIDH têm tido larga repercussão no âmbito internacional, como é o caso de Atkinson (1996), que discutiu as mudanças na terminologia, apontando que as trocas de palavras poderiam auxiliar nas mudanças de perspectivas e sugerir linhas de direção para que tais modificações pudessem ocorrer (Amiralian et al., 2000). O autor sugere, por exemplo, o uso de preposições na nomeação, como meio de impedir a caracterização da pessoa por sua deficiência. Assim, ao dizermos pessoa com deficiência mental em vez de "deficiente mental", retiramos do indivíduo sua condição "deficiente", dando-lhe, de certa forma, mais "chances de vida". Rieser (1995), um dos representantes da crítica ao modelo médico da doença, chama a atenção para o quanto ele se encontra atrelado aos estereótipos e à figura do médico no que tange ao estabelecimento dos processos de reabilitação, sugerindo que se adote o modelo social como central. Ao considerar esse modelo, Rieser propõe que se fique atento às barreiras sociais que não estão, necessariamente, relacionadas à deficiência, mas a preconceitos, estereótipos e discriminações.
De acordo com Mantoan (1998), esta classificação é um meio de importantes transformações no plano de serviços, pois
“(...) propõe que se abandonem os graus de comprometimento intelectual, pela graduação de medidas de apoio necessárias às pessoas com déficit cognitivo e destaca o processo interativo entre as limitações funcionais próprias dos indivíduos e as possibilidades adaptativas que lhes são disponíveis em seus ambientes de vida.”
A partir desta definição, Amaral (1998) propõe que se pense a deficiência como um fenômeno global que se manifesta em dois subfenômenos: a deficiência primária (deficiência e incapacidade) e a deficiência secundária(desvantagem). A primeira refere-se aos fatores intrínsecos da deficiência, enquanto a segunda, aos fatores extrínsecos, diretamente relacionados às barreiras atitudinais. A autora afirma (1999, p. 25):
“ Tenho, na companhia de vários de autores, argumentado que a deficiência primária pode impedir ritmos e formas usuais de desenvolvimento, mas não a sua ocorrência - o que de fato vem a suceder, muitas vezes, em decorrência das variáveis envolvidas na problemática da "desvantagem" (deficiência secundária). “
Conclui-se que dTe acordo com Meleiro (1999), o desenvolvimento de uma pessoa com SD, a exemplo de qualquer outra pessoa, deve ser considerado em seus aspectos cognitivos, afetivos, lingüísticos e motores, uma vez que cada um desses aspectos, em conjunto com a família, a escola e o entorno social, se inter-relacionam e se constituem mutuamente. O modo como a pessoa com SD é concebida pelos outros pode implicar, portanto, ganhos ou prejuízos para o seu desenvolvimento social, afetivo, cognitivo e lingüístico, pois estes são socialmente construídos. A pessoa com SD é, como nos aponta o autor, "mucho más que su carga genética, es un organismo que funciona como un todo y la genética es sólo una posibilidad" (p.33), ou seja, são as determinações sociais, e não somente as biológicas ou genéticas que irão lhes permitir o desenvolvimento e, conseqüentemente, sua constituição enquanto sujeito.

Gincana de Genética - Tarefa 9

Vídeo Legendado - Fernanda Coutinho

http://sorridente-ps.blogspot.com/2011/05/relatorio-da-apae-karina-g-macedo.html

Gincana de Genética - Tarefa 10

Divulgaram o meu vídeo! \o/