Fichamento 4
ALVES, C; ET al. ASSOCIAÇÃO DO SISTEMA DE HISTOCOMPATIBILIDADE HUMANO (HLA) COM DOENÇAS ENDÓCRINAS AUTOIMUNES.
A participação genética nas doenças autoimunes é cada vez mais evidente. Várias doenças endócrinas estão associadas ao sistema de histocompatibilidade humano (HLA) e esta associação pode influenciar o surgimento, manifestações clínicas e evolução da doença. O tipo e força da associação diferem entre populações e grupos raciais e/ou étnicos distintos.
Os loci genéticos envolvidos na rejeição de tecidos estranhos ou não próprios constituem uma região conhecida como complexo principal de histocompatibilidade (CPH), também chamado de HLA (human leukocyte antigen) em humanos.
Foram pesquisados através dos bancos de dados MEDLINE (PubMed: Cumulative Index Medicus) e LILACS-BIREME (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), artigos científicos publicados nos últimos vinte anos que abordassem a associação do HLA com doenças endócrinas autoimunes.
Foram selecionados, na literatura, 56 artigos: 2 descreviam os métodos de detecção e a nomenclatura atual do HLA1,4, 53 relatavam informações sobre a estrutura e função do HLA e as principais associações desse sistema com as doenças endócrinas autoimunes e um artigo5 descrevia dados presentes em todos esses tópicos.
O surgimento de métodos moleculares para tipificação dos alelos HLA e as recentes atualizações de sua nomenclatura têm contribuído para um melhor entendimento desse sistema. Infelizmente, essa informação não tem sido adequadamente veiculada na literatura clínica, o que dificulta o entendimento da associação do HLA com as doenças. Nesta revisão, são discutidos alguns aspectos do sistema HLA, métodos de detecção, nomenclatura e sua associação com diabetes melito tipo 1, doença de Addison, doença de Graves, doença de Hashimoto, síndrome poliglandular autoimune e insuficiência ovariana prematura.
Pode-se concluir que esta revisão mostra que existe associação entre doenças endócrinas autoimunes e o sistema de histocompatibilidade humano, principalmente com o antígeno HLA-DR3, o qual foi mais frequente no DM1, DG e TH. Entretanto, ser portador de um alelo ou haplótipo de susceptibilidade não é um fator suficiente para desenvolver a doença, do mesmo modo que ser portador de um marcador de proteção não indica que o individuo não vá desenvolver a enfermidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário